Tardou a tarde no cair dos dedos
e a marcha atrás guiada pelas luzes
nunca encontrou o caminho de volta
para o sempre, todo o sempre.
domingo, setembro 25, 2005
sábado, setembro 24, 2005
quarta-feira, setembro 21, 2005
Sem sentido
"- Gostas quando o vermelho se mistura com o respirar e o barulho `e como lagrimas a ferver?
- Nao. Doi-me.
- Gosto de ouvir as bolhas.
- Nunca viste?
- Nao. Nao tenho olhos."
- Nao. Doi-me.
- Gosto de ouvir as bolhas.
- Nunca viste?
- Nao. Nao tenho olhos."
sábado, setembro 17, 2005
Para ler a noite
Na parte da frente lia-se " Devolvido".
Devolvido.
Mas pode-se devolver assim coisas?
Devia haver uma lei que proibisse devolver partes do corpo.
Ha um pedaco de alguem por ai a cair.
Que triste.
Devolvido.
Mas pode-se devolver assim coisas?
Devia haver uma lei que proibisse devolver partes do corpo.
Ha um pedaco de alguem por ai a cair.
Que triste.
segunda-feira, setembro 12, 2005
Um tempo para recuperar o sopro.
Nada para dizer. Tudo para sentir.
Para voar. Boiar no ar.
Agarrar luzes, sentar na ponta do pensar.
Para onde foi o meu sopro? Os cantos e o beco do corpo?
Aquilo que me entrava, subia e alimentava?
Nalguma corrente de ar...
Deslizei. Ficaram as marcas na agua. E o eco da tua boca.
E o rio do teu mar.
Por todos os arrepios, nao encontrei as palavras nem o que quero dizer.
Nao me olhes assim. Ja nao da para entrar.
Estou forrada com musgo, impermeavel ao teu olhar.
Nada para dizer. Tudo para sentir.
Para voar. Boiar no ar.
Agarrar luzes, sentar na ponta do pensar.
Para onde foi o meu sopro? Os cantos e o beco do corpo?
Aquilo que me entrava, subia e alimentava?
Nalguma corrente de ar...
Deslizei. Ficaram as marcas na agua. E o eco da tua boca.
E o rio do teu mar.
Por todos os arrepios, nao encontrei as palavras nem o que quero dizer.
Nao me olhes assim. Ja nao da para entrar.
Estou forrada com musgo, impermeavel ao teu olhar.
quinta-feira, setembro 08, 2005
A razao `e nao ter razao
Porque nao posso ter dois coracoes. Um em cada ponta do corpo. Porque tenho manhas febris e caminhos mortos. Porque tenho agua ao longo de todas as minhas pontas. Porque perco o equilibrio. Porque me parti em tres e perdi o meio. Porque te respiro. Porque nunca termino o dia. Porque de noite encolho. Porque tenho em mim tudo o que nao ha em ti. Porque na tua parte esta a minha. Porque tens flores a cair dos olhos. Porque es solto. Porque nao es outro. Porque sinto a chuva ferver. Porque es vivo. Porque tens um campo magnetico que atrai. Porque vejo em ti tudo o que nao ha em mim. Porque juntos nao temos nomes. Porque na lua so ves a lua. E eu no sol so vejo o sol. Porque nos esticamos pelo chao. Porque es o meu meio. Porque contigo tenho nuvens. Porque tens na lingua as minhas palavras. Porque es languido. Porque es uma ponte com nevoeiro. Porque sonhas. Porque passeias o corpo com o meu. Porque es afiado. Porque tenho vontade. Porque sim. Porque nao.
Ou so porque nao sei a razao.
Ou so porque nao sei a razao.
segunda-feira, setembro 05, 2005
poema para ti
Perfeito.
O teu tacto `e doce
E no corpo nao tens fim.
Marcas o chao com
Amor. Nunca tive palavras de amor.
Para mim as palavras sao para ti.
A noite larga estrelas que
Repousam na curva que te desce os ombros.
As ondas ja tem um rebentar diferente.
Tambem sei sonhar.
Imagino-te assim...
O teu tacto `e doce
E no corpo nao tens fim.
Marcas o chao com
Amor. Nunca tive palavras de amor.
Para mim as palavras sao para ti.
A noite larga estrelas que
Repousam na curva que te desce os ombros.
As ondas ja tem um rebentar diferente.
Tambem sei sonhar.
Imagino-te assim...
Subscrever:
Mensagens (Atom)